Reunión del Comité Central, febrero de 2011
El Comité Central del Consejo Mundial de
Iglesias (CMI) se reúne del 16 al 22 de febrero de 2011 en el Centro
Ecuménico de Ginebra, Suiza.
El Comité Central actúa como principal
órgano decisorio del Consejo entre las reuniones de la asamblea. Esta es
la cuarta reunión del comité, elegido en febrero de 2006 en la 9ª
Asamblea en Porto Alegre, Brasil.
Conselho Mundial de Igrejas: Criação de novo espaço de Diálogo Inter-religioso
(por ALC) - O tema do diálogo inter-religioso e a sugestão de criação de um
espaço comum de convivência e diálogo sobre as questões atuais deste tema, a
ser chamado de "Oikos", foram pontos importantes de uma das sessões
de trabalho na manhã do segundo dia da reunião do Comitê Central do CMI, que
acontece em Genebra, Suíça, entre 16 e 22 de fevereiro.
Genebra, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
As realidades de diferentes contextos mundiais, através de narrações
de histórias sobre os avanços e momentos críticos de algumas regiões, foram
apresentadas aos mais de 200 delegados, conselheiros e observadores presentes.
Cristãos e cristãs da Indonésia, Sri lanka e Alemanha tiveram a
oportunidade de partilhar as experiências de suas igrejas e comunidades no
diálogo e cooperação inter-religiosa, o que encorajou os delegados e as
delegadas do Comitê central a iniciar a elaboração de passos que podem ser
dados para a criação de uma plataforma de união na qual o CMI teria o potencial
de exercer o papel de moderador.
Para o reverendo Malungo António Pedro, pastor da Igreja Evangélica
Reformada de Angola (IERA) e membro do Comitê Executivo do CMI, o CMI tem sido
um exemplo vivo no envolvimento do diálogo, tendo em conta que ela congrega
diferentes confissões cristãs, permitindo que haja um diálogo aberto sobre os
problemas globais da atualidade, um exemplo que deve ser seguido ao nível das
organizações ecumênicas continentais e nacionais. Malungo propõe a
continuidade do diálogo inter-religiosa em todos os níveis, desde o
internacional ao local, por um mundo de justiça, paz e
reconciliação. "Angola já deu passos significativos com a criação de
um fórum inter-religioso entre os evangélicos, católicos, pentecostais e
neo-pentencostais", acrescentou. O pastor angolano ainda afirmou
que uma das maiores contribuições do fórum que envolve líderes religiosos é a
análise conjunta dos problemas políticos, sociais e econômicos do país.
A doutora Magali do Nascimento Cunha, professora da Universidade
Metodista de São Paulo, Brasil, e membro do Comitê Central do CMI, caracteriza
o atual momento como rico e variado. "Há muitas experiências de
unidade em contextos diferentes, envolvendo igrejas, organizações de serviço,
pessoas jovens, mulheres e homens". No que tange o diálogo
inter-religioso, Cunha propõe a humildade e o respeito como prerrogativas
indispensáveis. "Isto significa considerar cada um na fé, como elemento
principal e, por outro lado, atitudes de reconhecimento mútuo e busca de ações
conjuntas".
Falando de seu contexto local Cunha acredita que o Brasil vive um
momento único da sua história com a consolidação da democracia com o Presidente
Lula e sua sucessora Dilma Rouseff. "As igrejas brasileiras têm sido
desafiadas a deixar seus territórios e testemunharem Cristo no apoio do
processo de inclusão que o governo busca fazer", destacou.
De acordo a sua constatação, o movimento ecumênico local tem
estado fragilizado por conta do crescimento do pentecostalismo independente, do
carismátismo católico-romano e das novas expressões de fundamentalismos
entre as igrejas protestantes históricas, somado pelo crescimento da mídia
religiosa que expõe as teologias e ideologias mais conservadoras e
anti-ecumênicas.
A confiança mútua, um dos elementos mais destacados no debate e
reflexão acerca do diálogo inter-religioso, também foi destacado por Malungo e
Cunha como algo essencial para que as igrejas consigam superar as dogmáticas se
envolvam num diálogo franco e formas mais expressivas de cooperação.
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