São Paulo – Brasil. No ano de 2010, Ir. Maria Genoveva Corrêa partiu para
uma nova missão estendendo assim um braço da Inspetoria Santa Catarina de Sena
na Favela da Vila Prudente, periferia de São Paulo.
A favela da Vila Prudente, no sudeste do município de São Paulo, é verdadeiramente
um conglomerado onde cerca de 20 mil moradores se concentram em cinco favelas.
Com o impulso da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) uma
comunidade intercongregacional se formou e ali iniciou uma nova presença.
São quatro religiosas: uma Filha de Maria Auxiliadora, uma missionária da
Ação Paroquial, uma terceira é membro das Missionárias da Imaculada e outra das
Irmãzinhas da Imaculada de Madre Paulina.
O grupo é completado por uma equipe visitante, Ir. Mirian Morotti, Vera
Lúcia Camerotti e algumas aspirantes das Missionárias da Imaculada. “Vão e
anunciem: ‘o Reino do Céu está próximo. Ao entrarem na casa, façam a saudação.
Se a casa for digna, desça sobre ela a paz de vocês; se não, que a paz volte
para vocês’.” (Mt 10,7.13-14).
A Ir.Genoveva testemunha: “Deus habita esta comunidade”. E prossegue: “A
afirmação sintetiza minha experiência missionária na pequena comunidade Santa
Terezinha. Encravada entre grandes indústrias, cortada pela linha do trem de
carga, está dividida ao meio. Cada lado com características marcantes: maior
acolhida em um, mais indiferença no outro. Em ambos, o início de conversa do
missionário exige esforço, abnegação, boa vontade, paciência, muito amor e
aceitação da realidade”.
Continua: “Ao caminhar entre os barracos, observei o que se falava e o que
se calava, deixando campo aberto à intuição. Nas andanças e escutas, fui vislumbrando
o Senhor.
Identifiquei nas minúsculas habitações, mal iluminadas e pouco
ventiladas por meio de crianças privadas de segurança, proteção e afeto; por
meio de jovens, receosos de se comprometerem com o que quer que fosse; através
de mulheres que se deixam envolver pelos limitadores horizontes que as
circundam...
Mas vi também outras que rompem, com raça e garra, estes mesmos
horizontes.
Mulheres que, com a vida e a fé, escrevem algo edificante e fazem a
diferença. Mães guerreiras, lutadoras,
heroínas anônimas. E o Senhor se fez presente, também, no pedido das pessoas
para que surja aqui um lugar sagrado, uma capelinha”.
Também Ir. Mirian Morotti conta de um pouco das experiências vividas com
Vera Lúcia Camerotti, quando se juntam à Comunidade nos finais de semana.
“Em 2010 a partir do momento em que Ir. Genoveva foi morar na Vila
Prudente, Vera e eu iniciamos, junto com Ir. Genoveva, aos sábados, um trabalho
na Comunidade Santa Terezinha com as crianças e adolescentes. Foram quatro
meses de tentativas, mas no final do ano percebemos que seria melhor partir
para outro desafio. Assim, iniciamos em janeiro deste ano, o trabalho no centro
cultural da Vila Prudente com as crianças e adolescentes das Comunidades São
José Operário e Comunidade Santo Eugênio, com o objetivo de oferecer para um
grupo de crianças, um espaço de acolhida, que colabore na socialização e desenvolva
experiências criativas. Com este objetivo, aos domingos, participamos da missa
das 9h30 na comunidade São José Operário e à tarde Vera e Ir. Silvia (PIMI)
buscam as crianças da comunidade Santo Eugênio (crianças que moram no Viaduto da
Estação de trem Ipiranga), ao mesmo tempo, Ir. Genoveva e eu vamos com as
crianças da Comunidade São José Operário para o Centro Cultural da Vila
Prudente. No centro cultural, os dois grupos se encontram e desenvolvemos com
eles as atividades.
Temos colhido alguns resultados. O trabalho é desafiador, no que se refere
a ‘ter um grupo’, pois nos deparamos com a mobilidade das famílias, a mudança
de religião e consequente afastamento. Porém, nos animamos ao perceber o quanto
as crianças esperam com ansiedade o domingo, e participam conosco com
entusiasmo, algumas vezes manifestando que, é o único meio de sair um pouco
do lugar em que moram e fazer alguma coisa diferente.”
Fonte: Em Família – Inspetoria S. Catarina de Sena – (n. 26) agosto/setembro
2011
querida Ir.Genoveva e comunidade,
RispondiEliminaadmiro muito vocês por esta experiência tão linda junto aos mais pobres de nossa grande cidade. Peço a Deus que conceda a vocês muita saúde e entusiasmo sempre renovado nesta missão kltão próxima ao coração de Deus, de D.Bosco e de Madre Mazzarello. Um abraço fraterno
Ir.Cecília Fauzaq
Querida Ir. Genovêva, que testemunho lindo!!!A senhora é um exemplo para todas nós! Deus continue lhe iluminando e guiando em favor dos mais empobrecidos!
RispondiEliminaCom muito carinho e saudades,
Ir. Monaliza Machado, fma